segunda-feira, 2 de abril de 2012

Um bilhete
Você tinha tudo em suas mãos, meu coração. Deveria ter cuidado dele como prometeu. Não o machuque, pois você está dentro. Mas você não me deu ouvidos, foi o primeiro a machucá-lo, a fazer a sangrar. Nas noites frias podia sentir que ele estava congelando. No dia seguinte ele estava em pedaços jogados nos cantos da sala.
Suas roupas haviam sumido, seu travesseiro estava intacto. Havia um bilhete em cima da mesa.
“Fiquei o quanto pude, não soube cuidar de você como merecia, te abandonei nos momentos mais difíceis e neste também. Não sirvo para estar na sua vida, por isso estou saindo dela, mesmo sem uma despedida de verdade”.
A casa está fazia.
A cama desarrumada.
E o sofá ainda tem o seu cheiro.
Posso ouvir você abrindo a porta depois de chegar do trabalho.
Vejo nossas vidas passando na minha frente chegando ao agora e começo a imaginar como será daqui a diante?
Hanna

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